Bulletin 162 /
Aesthetic surgery of the body
As dermolipectomias abdominais vêm sendo realizadas há mais de um século. As primeiras referências são sobre excisões simples, em uma só direção, sem descolamento e sem atenção à cicatriz umbilical. Com o passar do tempo, essa cirurgia foi evoluindo, até chegar às técnicas mais elaboradas e de uso atuais. Um passo importante foi a transposição do umbigo, que só foi possível devido ao descolamento do retalho superior. A partir de 1980, a lipoaspiração foi incorporada a muitos procedimentos da cirurgia plástica para potencializar os resultados. Seu uso exagerado levou ao aumento das complicações, especialmente nas abdominoplastias pelo duplo traumatismo do retalho abdominal. Criou-se, então, o MITO da proibição na associação dos dois procedimentos. Somente a partir do ano 2000, com o desenvolvimento da Lipoabdominoplastia, ficou padronizada e sistematizada a associação da lipoaspiração com a abdominoplastia, representando o link para a associação segura dessas duas técnicas tradicionais. O aspecto novo, fundamental e óbvio foi aproveitar as características da vascularização profunda – vasos perfurantes abdominais, que migram pela bainha aponeurótica, para nutrir o retalho abdominal, proporcionado pela criação de um túnel estreito no abdome superior, o suficiente para realizar a plicatura direta dos retos abdominais, mantendo assim, a maioria dos vasos perfurantes preservada. Ela representa o momento evolutivo da cirurgia plástica abdominal, fruto de mais de uma geração de cirurgiões plásticos que trabalharam e trabalham constantemente em busca de um novo caminho com menor risco de complicações e melhores resultados.